Aprender sempre com as crianças pequenas: objetivo comum, não interessa quem consegue, todos ficam felizes

 
Numa época em que o futebol tomou conta da grande maioria das conversas e inspirada num post de uma amiga de redes sociais, vem à mente uma cena contada pela professora da escola de educação infantil na qual trabalho.
Ela estava inconformada que as crianças de idade entre 4 e 5 anos, apesar das instruções, comemoravam toda vez que saia um gol, não importando qual time que fizesse a bola entrar, aquele no qual jogavam ou o adversário. Aliás, não existia adversário para as crianças, somente uma brincadeira divertida com um objetivo.
Desde que ela me contou fiquei imaginando, se éramos nós que deveríamos ensiná-los as regras convencionais ou deveríamos aprender com aquelas maravilhosas e sábias crianças.
Preferi me silenciar, mas ficou forte a sensação de que uma aula política estava dada naquela simples brincadeira de bola: um objetivo claro comum, não interessa quem consegue, todos ficam felizes.
O discurso comum às pessoas ligadas à política não é qualidade nos serviços públicos?
Mas, gente grande esquece uma porção de coisas, então passa a querer tudo de um jeito meio estranho e confuso e futebol que podia ser divertido passa a ter outros objetivos, como criar uma estrela, esquecendo do coletivo, ou mesmo ser desculpa para agressões, sejam físicas ou verbais. Não diferente da política.
De qualquer modo, tenho firme ainda o seguinte pensamento de Paulo Freire: "Reconhecer que a História é tempo de possibilidade e não de determinismo, que o futuro, permita-se-me reiterar, é problemático  e não inexorável."

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